sexta-feira, 18 de maio de 2018

Especialista garante que brincar é fundamental no desenvolvimento


As brincadeiras podem até ter mudado ao longo dos anos, mas algo permanece inalterado: o gosto pelo ato de brincar que todo menino e menina tem. O que muitos pais desconhecem ou parecem não perceber é que brincar é muito mais que mera distração ou diversão. Brincando, os pequeninos descobrem o mundo, formam e fixam valores importantes na formação da personalidade.


A constatação é do movimento internacional “Aliança pela Infância”, que realiza este mês a Semana Mundial do Brincar. A iniciativa surgiu como forma de favorecer uma infância plena ao redor do planeta, a fim de melhorar as sociedades a partir das crianças. A organização se baseia em princípios psicopedagógicos, sociais e neurológicos para criar as ações.

A psicóloga Celiane Chagas, do Hapvida Saúde, diz que a brincadeira e a infância são diretamente associadas porque é no início da vida, com tantas descobertas, que a mente humana mais exercita a imaginação como forma de entender e compreender o mundo. “Brincando, as crianças reproduzem aquilo que veem e tentam compreender o mundo que as rodeia”, revela.

A especialista recomenda que os pais favoreçam a brincadeira dentro e fora de casa, mas alerta que as famílias não confundam esses momentos de brincar com o consumismo, o que é muito prejudicial. “Se os pais apenas encherem as crianças de brinquedos, vão dar a elas a impressão de que tudo é descartável, levando os filhos à reprodução desse comportamento nas outras fases da vida, como na adolescência e na idade adulta”, aponta Celiane.

Além disso, de acordo com a psicóloga, brincar sozinha não necessariamente é estar sozinha. A criança tem necessidade de estar sozinha para se sentir livre no exercício do criar. Os adultos não precisam fazer uma narração constante da brincadeira nem se preocupar em ajudar em momentos que as crianças não querem ajuda. “Se os pais precisam de ambiente organizado, limpo e silencioso para trabalhar, pensar ou criar, por que com as crianças seria diferente?”, pondera a especialista.

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