sexta-feira, 28 de julho de 2017

Alergias alimentares trazem risco à saúde

Foto: Divulgação
As alergias são mais comuns do que se imagina e, de acordo com um estudo publicado recentemente no Journal of Allergy and Clinical Immunology, 3,6% dos americanos apresentam algum tipo de alergia alimentar. No Brasil ainda não há análises que comprovem a incidência, mas estima-se que 7% da população tenha reações alérgicas a algum tipo de alimento.


Por causa disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma norma exigindo dos fabricantes da indústria alimentícia que o rótulo dos produtos indique a presença de compostos alérgenos. Isso oferece ao consumidor a possibilidade de saber o que, de fato, está sendo consumido e previne reações alimentares que, inclusive, podem levar à morte.

Mesmo com a obrigatoriedade, que passou a valer em 2016, é preciso redobrar a atenção para evitar a ingestão de algum alimento que possa prejudicar o organismo. De acordo com a nutricionista do Hapvida Saúde em Campina Grande, Iraci Sabino, é necessário sempre fazer a leitura das embalagens. “Os rótulos alimentares podem não ser tão claros e, por isso, é importante que as pessoas façam sempre essa leitura, tanto dos alimentos como de outros produtos industrializados, como os de higiene e cosméticos, pois esses produtos podem conter alérgenos e é neles que mora o perigo”, afirma.

Algumas das alergias e intolerâncias alimentares mais comuns são ao glúten e ao leite que, por causa dos sintomas, muitas vezes passam despercebidas e podem ser confundidas com outras doenças. Em determinados casos, a pessoa tem diarreia, erupções cutâneas, perda de peso, inchaço, náusea e possíveis vômitos.

A nutricionista explica que, no caso do leite, é possível haver uma confusão e as pessoas não saberem ao certo se é uma alergia à proteína do leite (APLV) ou se é intolerância à lactose, que é quando há a falta ou diminuição na produção de lactase, enzima que é responsável por digerir a lactose. “A alergia é uma resposta exagerada ao sistema imunológico e sofre alterações ao longo do tempo, podendo desaparecer com o passar dos anos. Mas o mesmo não acontece com a intolerância, que normalmente surge na infância e permanece na fase adulta”, afirma. 

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